{Resenha} A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista

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A fofíssima história do casal começa quando Hadley chega quatro minutos atrasada ao aeroporto de Nova York e perde seu voo com destino à capital inglesa, o que poderia parecer bem conveniente, uma vez que o motivo de sua viagem era participar do segundo casamento de seu pai com “aquela britânica” que ela não conhecia. A jovem americana não estava nem um pouco animada para entrar naquele avião e havia acabado de discutir com sua mãe, que a obrigara a ir ao casamento. Apesar de insistir no seu embarque, o avião já havia decolado, restando à Hadley uma única opção: adquirir uma nova passagem para o próximo voo, três horas mais tarde, o que lhe faria chegar à Londres praticamente na hora do casamento.

É exatamente nesse longo tempo de espera que aparece Oliver, um britânico fofo, estudante da Yale, que se oferece para cuidar de sua bagagem enquanto ela daria uma volta. A partir de então, os dois acabam passando as próximas horas juntos, e descobrem que estão no mesmo voo, quase sentados lado a lado no avião. Tantas coincidências os aproximam bastante, fazendo com que Hadley se abra com o jovem Oliver, confessando-lhe seus motivos por ter mágoas do pai, seu relacionamento conturbado com a mãe e por estar vivendo o pior dia da sua vida tendo que ir ao casamento. Porém, mesmo depois de sete horas de voo, Oliver se manter enigmático e cheio de mistérios, revelando pouco sobre sua história e o que está o levando a Londres. Ao desembarcarem, acabam se desencontrando de forma tão abrupta que Hadley fica decepcionada de não ter pegado nenhum contato dele, tudo que sabe são de suas histórias, as quais ela espera guardar no fundo do coração. Logo após a cerimônia, no meio das fotos e das apresentações aos convidados, Hadley se dá conta do que realmente Oliver foi fazer em seu país natal e sai correndo do casamento, com um destino certo, porém sem saber como chegará lá.

Ele arqueia as costas para se espreguiçar e olha no relógio. - Estamos quase lá. Hadley concorda e se sente aliviada por não terem se atrasado, mesmo que queria um pouco mais de tempo. Apesar de tudo - do voo lotado, do assento desconfortável e dos cheiros que estão tomando o ambiente -, ela não se sente pronta para sair do avião, onde foi tão fácil se perder nas conversas e esquecer tudo o que deixou e o que estava por vir.

Em poucas páginas, naquele meio tempo de espera do próximo avião, podemos sentir como nosso destino é incerto. Algumas pessoas podem esbarrar em nós e mudar a nossa história. Hadley descobre ainda o significado do perdão, percebendo que, por mais que alguma pessoa que confiamos nos machuque, devemos pensar em duas atitudes e ver o porque ela agiu daquela forma. Oliver, por sua vez, com seu lado brincalhão e sério, mostrou que não se deve levar tudo muito a sério, pelo contrário, deve-se analisar cada situação e tentar ao máximo ser feliz.







Hadley coloca a testa no vidro do táxi e se pega sorrindo por causa dele se novo. Oliver é como uma música que ela não consegue esquecer. Por mais que tente, a melodia do encontro entre os dois fica tocando na cabeça repetidamente, cada vez mais agradável, como uma canção de ninar, como um hino; não tem como ficar cansada daquilo.

O livro é narrado em terceira pessoa e se passa em apenas um dia, sendo cada capítulo referente a um horário. A história não se limita apenas a narrar os atos do casal, e sim, mostrar as conversas descontraídas durante a viagem, as lembranças e desabafos, os conselhos oferecidos por Oliver à jovem americana, e a missão do garoto de fazer Hadley superar a sua terrível claustrofobia. Conta uma história bem leve, de enredo que flui muito rápido, ótimo para passar o tempo livre das férias.

Quem aí já leu ou quer ler? Comentem para mim!

Um super beijo,

Lory Otoni.

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